Uma doce melancolia percorre meu coração.
Uma saudade de algo que eu ate nem sei bem o que, assim a modos que uma
tristeza.
Lembro tempos em que meus queridos pais me
passavam cultura, educação e tradição.
Tudo cumprido a preceito, segundo suas concepções
adquiridas por aprendizagem de uma vida árdua e bem sofrida, mas com muito
amor.
Melancolia, algo assim como uma energia
triste que percorre meu corpo de cima a baixo, como querendo abrir, dilacerar a
alma contida nesta “carcaça” a que chamamos …Corpo!
Uma vontade indómita de caminhar de um sítio
para o outro, indiferente do ponto de onde se parte ou do ponto onde se chega,
porque o importante é procurar o que não se tem, sem perceber se há o que
queremos…sem utopias!
Uma sensação mole, de afrouxamento
energético, como quem sente sua energia ser sugada por um qualquer sítio de
nosso corpo, como que se esteja alguém abusando do nosso corpo distraído pelo
cansaço de que está possuído.
Tenho uma vontade indómita de gritar, mas
confesso nem sei bem se devo…
Algo deveria fazer, mas quedo-me pelo estado
amorfo, contemplativo da melancolia que assola meu coração.
Hoje estou assim, hoje não sou eu, talvez
seja o outro que mora em mim, e eu nem sei quem é ou como se chama….
Uma melancolia me conduz sem mão, numa
viagem pelo meu ser…, como que embriagado sem o saber.
Hoje eu estou assim…
Confio em Ti minha Mãe Maria, e em teu filho
Jesus. Hoje eu estou assim… e em Vós encontro o sossego e conforto que o dia me
roubou.