Ano jubilar, bi-milénio comemorativo do nascimento de S.Paulo.
O homem pecado, o homem arrependido, o homem evangelizador, o homem discíplo de Cristo!.
Homem-Lei, perseguidor de cristãos, impiedoso, segundo a óptica dos cristãos, e cumpridor segundo a lei imposta pelos Romanos, poder dominante à altura na Palestina.
Homem de causas, homem justo até ao momento em que na estrada para Damasco, numa viagem com carácter punitivo para os Cristãos, Deus o atormenta, fazendo-o cair do cavalo:
"Saulo..., Saulo..., porque Me persegues?!!!.."
O momento do contacto com a verdade, com a palavra, foi violento. Paulo "caiu do cavalo"!!.
Essa visão, deu-lhe a noção do seu erro da sua actividade. Paulo reflectiu, sentiu que estava sendo injusto, impondo sofrimento, embora cumprindo as leis do seu tempo.
Mas Paulo, seguia a lei dos homens, dos fariseus, não a de Deus.
Não havia entendimento para as palavras de Cristo, e para a sua mensagem de salvação. Os interesses instalados ficaram ameaçados, postos em causa, a tendência era para reprimir, reprimir.... mas a palavra de Deus, através de Cristo, Seu filho, é bem mais forte que todas as legioes romanas.
Paulo, cumpria ordens, perseguindo cristãos sem contudo sentir das razões porque o fazia, era a norma, era o "status quo" daquele tempo!.
Mas Deus é grande, e sempre faz sentir a Sua presença nos momentos mais inesperados, e Paulo foi uma testemunha disso mesmo.
"Saulo...., Saulo.... porque Me persegues??!!! "
Fez-se Luz naquele soldado romano implacável, seu coração estava fechado à palavra de Deus, suas energias eram dirigidas para lutar contra os crentes, e Deus simplesmente inverteu, re-direcionou a sua actividade.
Paulo, o evangelizador, que nunca foi discíplo directo de Jesus, mas nem por isso menos importante que todos os outros apostolos.
Paulo, viajou, transmitiu a palavra, a vida, a mensagem de Jesus Cristo por todo o medio oriente, e Grecia, Turquia, e até Roma.
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Para ser sincero, não sei se S. Paulo que na altura usava o nome de Saulo ia a cavalo ou noutro meio de transporte, ou a pé. Mas sabemos que ia a caminho de Damasco, e subitamente caiu por terra (Actos 9, 4).
O que o fez cair foi ter visto Jesus ressuscitado.
Um dia, quando "perseguia a Igreja de Deus" (Gálatas 1, 13), Paulo viu Jesus. Ele próprio o refere, como o seu maior título de glória: "Não vi eu Jesus nosso Senhor?" (1 Coríntios 9,1)
Paulo caiu do cavalo, isto é, foi derrubado das suas falsas certezas, da sua soberba.
Por um instante ficou cego, teve de fechar os olhos, como o representa Caravaggio, porque a luz que viu era deslumbrante demais, mas depois retomou a sua caminhada, já baptizado, inserido na Igreja, e espalhou pelo mundo inteiro a luz de Cristo.
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S. Paulo, o Apóstolo dos Gentios, tinha uma enorme resistência física. Esteve muitas vezes na prisão, foi chicoteado, açoitado, lapidado, sofreu naufrágios, padeceu fome e sede, frio e nudez, foi caluniado e perseguido até que foi morto com a espada. O apóstolo não atribuía nada do que fazia ao seu mérito pessoal; pelo contrário, afirmava que tudo se devia a Deus e à Sua Graça, que eram a potência e a força da sua vida. E dizia ainda: «Pela graça de Deus sou o que sou»; «tudo posso n’Aquele que me conforta».
A mensagem do apóstolo, é a mensagem da Graça de Deus. Para ele, o valor e dignidade, a salvação e santidade, são obra de Deus e de Sua Graça; a salvação é-nos dada pela fé; não podemos salvar-nos com as nossas boas obras sem Deus, uma vez que só Deus nos pode ajudar a praticar as boas obras e só com Ele é sempre possível recomeçar de novo.
O encontro com Jesus Cristo a caminho de Damasco transformou radicalmente a sua vida. Levou-o a esquecer o passado e a projectar-se decididamente no futuro, pregando o Evangelho não como uma doutrina abstracta, mas como uma pessoa: Jesus Cristo, - Deus - Filho de um Deus próximo de nós e connosco.
Pregava a Ressurreição: “Se Deus ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, ressuscitará também a nós. Então, em cada sofrimento e dor e em todas as adversidades da vida até para além da morte a esperança resplandecerá para nós.»
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Vamos fazer como S.Paulo, vamos interiorizar a presença de Jesus Cristo em nossos corações, vamos deixar que a sua obra se manifeste nas nossas vidas.
Podemos não escrever as famosas cartas de S.Paulo, podemos não escrever as epistolas, mas devemos deixarmo-nos "cair" do cavalo da nossa arrogância, da nossa indiferença e assim com o nosso exemplo falarmos de Jesus Cristo aos que nos rodeiam.
Deixemo-nos "cair do cavalo", sempre que nossa arrogância, ganância e mal amar nos atormente. Não tenhamos medo das feridas fisicas daí resultantes, pois que com essas quedas, criaremos um coração mais forte, nobre, e com mais amor para com Deus e os outros.
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FILIPENSES: 3.4
2-Exorto a Evódia, exorto igualmente a Sintique que vivam em paz no Senhor.
3-E a ti, fiel Sinzigo, tambem rogo que as ajudes, pois que trabalharam comigo no Evangelho, com Clemente e com os demais colaboradores meus, cujos nomes estão inscritos no livro da vida.
4-Alegrai-vos sempre no Senhor, REPITO; Alegrai-vos!
5-Seja conhecida de todos os homens a vossa bondade. O Senhor está proximo.
6-Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstancias, apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as suplicas e acção de graças.
7-E a paz de Deus, que excede toda a inteligencia, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos em Cristo Jesus.