São 2,57, já é tarde.
Desde Sexta-feira, dia 7/nov/08 até hoje dia 10/nov/08 dormi 5 horas....nada mais.
Sinto cansaço, estou exausto.... a cabeça pesa, os olhos ardem, a vontade de estar só cresce!
Sinto falta de tudo, sinto falta do meu NORTE, a minha "bussola" avariou!!!!.
Não tenho vontade de ir para casa, não sinto vontade de dormir, quero, simplesmente quero estar acordado.
O sono é ausência, é estar inerte, é não têr conhecimento de facto, é como se não existíssemos.....logo não quero dormir.
Procuro o pesadelo, procuro a purga de meu coração, procuro a cura para o "mal" que me aflige.
Queria auto flagelar-me, num processo de tratamento espiritual...... afinal a dôr redime, não é?.
Queria sentir bem fundo a dôr, na proporção do amor sentido.
Queria sentir o retalhar do corpo, na medida em que amei, e não venci.
Queria expiar os meus fantasmas como se tivesse acabado de viver um filme de terror!
Queria não ter vivido os últimos tempos recentes de felicidade, alegria, qual menino a quem é dado o sentido de vida num qualquer brinquedo de circunstancia..... porque assim agora não sofreria por ausência dessa felicidade.
Queria não ter experimentado o sabor bom de estar feliz, de estar sonhando, de viver a alegria do coração, porque agora que não o tenho doí muito.
Queria não ter conhecido o mel e o leite daquele campo onde me enrolei num gesto quase "suicida" de amor.
Queria não ter sentido todas as sensações de algo que sei não poder mais ter, porque de tão felizes, eu não recuperarei mais.
Queria........ porque agora, mesmo que queira, jamais voltarei a têr...
Vivi, sonhei, desejei, e ....... agora onde estou?
Queria não ter querido sofrer, como agora faço por algo que me encheu o coração, parecendo sêr um contra censo.... afinal é bom viver feliz!.
Queria sim não desejar sofrer por algo que naturalmente temos direito.... mas se não tivesse conhecido a felicidade, não teria agora o sabor amargo da sua perca...... logo me quero penitenciar!.
O castigo que peço, quando digo .... "Queria.....", é tão somente como a conta pedida num qualquer restaurante após uma lauta refeição onde demos largas à degustação da vida...
Tudo tem um preço, tudo tem um custo, e preparemo-nos para pagar..... a "conta" vem a caminho.
Sinto-me bem, auto impondo-me severidade de descanso, qual apeneia mergulhante às profundezas da nossa mente, aos desígnios da nossa paixão...... sustenho a respiração, faço o sacrifício das profundezas do meu ser.
A dor redime, e a liberdade tem preço...... estou a pagar, eu vou pagar... não ficarei a dever nada a ninguém..... nem a mim mesmo.
A minha clausura prossegue, o meu espírito amortece, a minha dor cresce, mas Deus é pai.
Procuro n'Ele a Paz da Luz, a paz do coração, sei que virá em meu socorro, e aliviará a dor, magoa de meu corpo.
Falo com Ele, trato-O por tu..... afinal não é Ele o nosso melhor protector?
Ele me direcciona o corpo, me afaga a alma, me dá o quentinho do colo perdido. Sinto a alegria de algo que é profundo, compensador, e tranquilizante.
São colos diferentes, amores complementares, mas que procuro para vencer os meus fantasmas.
Deus está me conduzindo, eu sei que não estou só..... eu Lhe peço.
A paz invade meu corpo, a culpa vai morrendo, o perdão de meus pecados vai chegando..... afinal eu só amei, não pequei.
Deus tenha compaixão de mim, perdoe meu pecado, e não permita que minha mente seja invadida pelo desejo da morte.
Ámen!
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