Agora que estas longe, nem por isso meu coração sossega.
Tenho uma "pena" para cumprir....a maldição de uma tristeza que como que se de uma doença, possessão demoníaca se tratasse, assim a modos como quem enfrenta uma doença terminal, mas no coração.
Tenho a pressão do desgosto nas veias, como um turbilhão que aquece meu corpo, me entorpece os músculos.
A sensação firme de que carregarei estas grilhetas por toda uma vida, num arrastar doloroso, de um sentimento bom, que o tempo consome inutilmente.
Talvez eu seja a vela inútil, acesa num dia de sol num deserto de afectos!!!.
Vezes sem conta, dou por mim, chorando, como se sofresse de convulsões, nunca pensei que fosse tão difícil. Nunca!.
Esta sensação horrível, daquilo que nunca poderemos ter, daquilo que sabemos nos fazer bem, mas não poder ter...!!!.
Estar "doente", têr o antídoto, e não o poder tomar porque somos alérgicos ao remédio...é horrível, eu sinto isso.
Tenho o coração bom, e nele não mora o ódio, aliás, eu não consigo ganhar ódio, rancor, seja o que fôr...., porque em meu peito "mora" o perdão, sim o perdão, não o esquecimento!.
Procuro não ficar nervoso, não praguejar, mal-dizer, porque isso são sucedâneos do demónio, são o caminho do mal, das trevas, da aceitação do não amor, do mal querer ao outro.... a negação do amor.
Falo Contigo Deus das minhas dúvidas, dos meus anseios e porque não dos meus pecados!.
Ouve-me, fala para mim, repreende-me, dá-me a intuição do bem fazer, bem querer e do amor... tu que sabes da minha dor, tristeza e quanto amarfanhado caminho, sob o peso do desgosto que eu próprio não soube rechaçar, ajuda-me, aligeira minha amargura, me obriga a sorrir, me obriga a caminhar, e, se o pecado, a tentação do erro me perseguir, da-me as forças, as vontades, as energias para que eu possa vencer, saltar por cima do "entulho", que fazendo peso em mim, não deixa que eu caminhe erectos, tal como me "desenhaste" no teu momento de criação.
Eu "Homo Sapiens", com o ADN de amor com que me "construíste", te peço Deus, que me vês, escutas, e de quem eu jamais poderei esconder o que me vai no coração, na mente, na vida, porque tudo TU vês, enxergas..., te peço, que não permitas que os tempos que me esperam até que me "chames", sejam de amargura, tristeza, de curvatura da minha coluna dorsal, que assim vergada sob esta mágoa, me ameaça impedir a visão do horizonte onde mora o meu destino, e assim, eu não tenha a vista curta, que a curvatura de meu corpo me força.
Em Ti confio, porque só Tu me podes libertar, e fazer "ganhar" a vontade de sentir o ar fresco, a brisa matinal, o "beijo" do sol em minha pele, a contemplação do céu, das estrelas, e toda a tua obra de amor, que para nós deixaste.
Não me abandones, Deus do meu coração, faz com que tudo seja uma razão para eu ir em frente, bendizendo as maravilhas que em mim operaste.
Amem!
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