Nesta noite pesada, em que todas as trovoadas sobre mim caíram, não sei como Te falar.
Não vislumbro as cores, só o negro está visível. Tenho a sensação de que a cor tem peso, tal a pressão a que estou sujeito.
As aves agoirentas passam rasantes sob a minha cabeça, mais parecendo querer agredir-me, e logo hoje que me sinto tão indefeso.
Carrego o “madeiro” da vida, todo ele feito de sofrimento, e não vislumbro como o deixar ficar para trás.
Peço-Te Deus, não me abandones, e faz de mim o exemplo da força que vem de TI.
Não consigo dormir, não tenho sono, as dores são mais que muitas, como posso aliviar-me?
O desgosto está em mim, a angustia também, e sinto a vontade enorme de “partir”, não suporto muito mais tempo toda esta “trituração” do meu sentimento. Eu queria ir-me desta, queria estar em paz, sossegar meu espírito tão martirizado.
Tenho a mágoa dos abandonados, as dores dos lázaros, sinto-me tão confuso, e por vezes desprezível.
Preciso tanto de TI, e eu aqui te suplico… “fala” comigo!!!!.
Meu corpo está dorido, as articulações estão inflamadas, a cabeça aquecida, ardem-me os olhos, e não sei como dar a volta.
Nesta solidão que a noite intensifica, olho o escuro, procuro ruídos, e não vislumbro nada. Estarei eu a enlouquecer?
Faz tempo que meu corpo não tem descanso, que martirizo a alma, não sossego o espírito, e só Tu podes dar-me o que preciso…. PAZ!!!.
Coordenar o pensamento…, esforço vão, tudo se me aflora em turbilhão em minha cabeça e vejo tudo de pernas para o ar. Eu sufoco, eu tenho arritmia, eu não sei de onde me vem tanta energia.
São 3 horas da manhã, só escuto o Tic-Tac do relógio de parede na sala, mais parecendo a tortura da gota de água na nuca…, estou exausto, não suporto muito tempo esta provação.
Tenho momentos em que sinto ser o único humano na terra…, talvez eu esteja a delirar, a fantasiar, seguramente será isso.
Dou por mim olhando o tecto da sala na sua cor alvo, no meio a uma escuridão típica de uma noite que queríamos fosse rápida.
Sinto tonturas, não sei bem o que fazer, e Tu não mo dizes Deus das minhas solidões, onde estás?
Vivo momentos difíceis, de traições, ingratidões várias, de sofrimentos partilhados que não impostos…, como saio desta?
Sofro de insuficiência afectiva, fui usado, talvez gozado e não consigo digerir o vazio, a dor de nunca saber se assim foi ou não, mas TU sabes Deus da solidão.
Queria tanto viver a paz prometida, e talvez eu não consiga ajudar-me a mim próprio, porque teimoso, obstinado em entender que reservas-Te para mim nesta vida onde procuro aprender a conhecer melhor o amor.
Não te peço a salvação, mas tão somente a sabedoria dos fracos, o amor dos bons, e uma vontade de vencer o voo sinistro destas aves negras que sob a minha cabeça zurzem.
Te Lembra de mim Pai, não permitas que eu vegete sem sentido, faz com que a minha solidão seja a força que tanto anseio por descobrir o Teu amor, a Tua fé, o Teu paraíso.
Ámen!
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Não vislumbro as cores, só o negro está visível. Tenho a sensação de que a cor tem peso, tal a pressão a que estou sujeito.
As aves agoirentas passam rasantes sob a minha cabeça, mais parecendo querer agredir-me, e logo hoje que me sinto tão indefeso.
Carrego o “madeiro” da vida, todo ele feito de sofrimento, e não vislumbro como o deixar ficar para trás.
Peço-Te Deus, não me abandones, e faz de mim o exemplo da força que vem de TI.
Não consigo dormir, não tenho sono, as dores são mais que muitas, como posso aliviar-me?
O desgosto está em mim, a angustia também, e sinto a vontade enorme de “partir”, não suporto muito mais tempo toda esta “trituração” do meu sentimento. Eu queria ir-me desta, queria estar em paz, sossegar meu espírito tão martirizado.
Tenho a mágoa dos abandonados, as dores dos lázaros, sinto-me tão confuso, e por vezes desprezível.
Preciso tanto de TI, e eu aqui te suplico… “fala” comigo!!!!.
Meu corpo está dorido, as articulações estão inflamadas, a cabeça aquecida, ardem-me os olhos, e não sei como dar a volta.
Nesta solidão que a noite intensifica, olho o escuro, procuro ruídos, e não vislumbro nada. Estarei eu a enlouquecer?
Faz tempo que meu corpo não tem descanso, que martirizo a alma, não sossego o espírito, e só Tu podes dar-me o que preciso…. PAZ!!!.
Coordenar o pensamento…, esforço vão, tudo se me aflora em turbilhão em minha cabeça e vejo tudo de pernas para o ar. Eu sufoco, eu tenho arritmia, eu não sei de onde me vem tanta energia.
São 3 horas da manhã, só escuto o Tic-Tac do relógio de parede na sala, mais parecendo a tortura da gota de água na nuca…, estou exausto, não suporto muito tempo esta provação.
Tenho momentos em que sinto ser o único humano na terra…, talvez eu esteja a delirar, a fantasiar, seguramente será isso.
Dou por mim olhando o tecto da sala na sua cor alvo, no meio a uma escuridão típica de uma noite que queríamos fosse rápida.
Sinto tonturas, não sei bem o que fazer, e Tu não mo dizes Deus das minhas solidões, onde estás?
Vivo momentos difíceis, de traições, ingratidões várias, de sofrimentos partilhados que não impostos…, como saio desta?
Sofro de insuficiência afectiva, fui usado, talvez gozado e não consigo digerir o vazio, a dor de nunca saber se assim foi ou não, mas TU sabes Deus da solidão.
Queria tanto viver a paz prometida, e talvez eu não consiga ajudar-me a mim próprio, porque teimoso, obstinado em entender que reservas-Te para mim nesta vida onde procuro aprender a conhecer melhor o amor.
Não te peço a salvação, mas tão somente a sabedoria dos fracos, o amor dos bons, e uma vontade de vencer o voo sinistro destas aves negras que sob a minha cabeça zurzem.
Te Lembra de mim Pai, não permitas que eu vegete sem sentido, faz com que a minha solidão seja a força que tanto anseio por descobrir o Teu amor, a Tua fé, o Teu paraíso.
Ámen!
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1 comentário:
muito bonito,sr antonio.os seus textos sao sinceros e de uma pureza sincera.bjs,cila
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