Toda uma vida me dei, desde muito novo trabalhei duro, mesmo duro.
Toda uma vida em que me dei, sobre as mais diversas formas, sejam elas físicas ou espirituais.
Sempre nobre, de princípios, e sempre uma referência para os demais, sempre...., nunca trai, sempre solidário, e de confiança extrema em quem me rodeia... uma vida, uma eternidade.
Nunca trabalhei menos de 12-14 horas dia, desde os meus 16 anos, e normalmente não trabalhava no dia de natal e São João no Porto, fora o resto sempre, sempre....
Parava aos domingos, e nos sábados era quase sempre todo o dia, e assim, feitas as contas, tendo em conta oito horas e trabalho/dia por cidadão, eu já trabalhei o equivalente a três pessoas na sua vida activa, é obra.... eu fui, eu sou assim.
Que procurei e com isso? Hoje não sei responder, não tenho palavras, mas talvez a luta por coisas, valores, que hoje reconheço inúteis, perfeitamente inúteis.
Penso que não vivi, acho que me escravizei, me perdi, não vivi.... triste ilusão a do dinheiro.
Pressionado por tudo e todos, meu objectivo era criar base, educação, valores, e acho que consegui, já que dois filhos que tenho, são de formação boa, generosa, altruista, eu os amo, porque são o meu tesouro, eles são a extensão do meu ser, são a projecção de mim.
Fora o resto, para alem de qualidade de vida, que tenho eu? Não vivi..... diria que trabalhei com saúde, para gastar o dinheiro quando a saúde não estiver mais pela barbárie a que me sujeitei..... idiota que fui.
Não vivi, não vivi!!!.
Hoje, os tempos são outros, e sinto que reparei que não vivi, e agora que posso fazer?
Tanto me dei, tanto..... para agora questionar, que retorno?
Sinto o cansaço, o desgosto, vivo tempos de desgosto....tudo perdeu sentido, eu só queria viver, ser feliz.
Lutei, luto, e sinto o chão fugir, não sei mais que fazer, tudo vai caindo, e eu nada faço, deixo-me abater.
Fui generoso, dado, colaborante, piedoso, amante, trabalhor, quis construir um "castelo", mas esqueci que os tempos já não são de "castelos", mas sim de uma assoalhada, um Te Zero, sei lá... mas sonhei, e agora o sonho se desfaz, a realidade caiu que nem uma pedra nas minhas costas, já de si curvas pelo peso de uma angustia crescente.
Descobri a paz, algum conforto, um colo amigo, que tanto queria, mas que repetidamente me foge, se me escapa, como querendo perpetuar a minha solidão....mas luto, teimosamente luto.
Tanto dei, tanto..... agora nem retorno....
Sinto a tristeza dos cansados, a solidão dos velhos, a vontade de partir é crescente...., tendência acentuada para a asneira.
Resisto, apesar dos cenários que construo, onde me converto em figura principal, sei que estou errado, mas o apelo, a constância é enorme, crescente..... queria ser feliz, não desisto.
Se tanto me dei, me ofereci, pela minha vida fora, se me abandonei, me deixei conduzir, permiti que tudo acontecesse á minha volta, porque não tenho agora a paz que tanto desejo?
Sou um sonhador, um apaixonado, talvez um utópico, mas que bom é ser assim.....!!!!.
Eu quero ser assim, eu quero viver apaixonado por tudo que me envolve, eu queria sorrir, mesmo sendo humilde, mas sorrir, não pelo que tenho, ou devia ter... mas pelo que sou e quero continuar a ser.
Vivo momentos de pesadelo, de pressão extrema, sinto-me sendo esmagado por uma máquina invisível, mas que realmente funciona...... a critica, o tabu, o perconeito social.
Oh! meu Deus, que me escutas nesta minha "conversa" contigo....não te esqueças de mim, dá-me a Tua mão, dá-me a Tua força, reforça a minha fé.... eu tanto preciso!.
Permite que eu viva, que eu sinta, que eu sorria....,não deixes que eu vegete, que nem um legume.
Não deixes que soçobre, não permitas que me arraste...... se tiver que ser leva-me, eu já tudo fiz por estas bandas!!!.
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Toda uma vida em que me dei, sobre as mais diversas formas, sejam elas físicas ou espirituais.
Sempre nobre, de princípios, e sempre uma referência para os demais, sempre...., nunca trai, sempre solidário, e de confiança extrema em quem me rodeia... uma vida, uma eternidade.
Nunca trabalhei menos de 12-14 horas dia, desde os meus 16 anos, e normalmente não trabalhava no dia de natal e São João no Porto, fora o resto sempre, sempre....
Parava aos domingos, e nos sábados era quase sempre todo o dia, e assim, feitas as contas, tendo em conta oito horas e trabalho/dia por cidadão, eu já trabalhei o equivalente a três pessoas na sua vida activa, é obra.... eu fui, eu sou assim.
Que procurei e com isso? Hoje não sei responder, não tenho palavras, mas talvez a luta por coisas, valores, que hoje reconheço inúteis, perfeitamente inúteis.
Penso que não vivi, acho que me escravizei, me perdi, não vivi.... triste ilusão a do dinheiro.
Pressionado por tudo e todos, meu objectivo era criar base, educação, valores, e acho que consegui, já que dois filhos que tenho, são de formação boa, generosa, altruista, eu os amo, porque são o meu tesouro, eles são a extensão do meu ser, são a projecção de mim.
Fora o resto, para alem de qualidade de vida, que tenho eu? Não vivi..... diria que trabalhei com saúde, para gastar o dinheiro quando a saúde não estiver mais pela barbárie a que me sujeitei..... idiota que fui.
Não vivi, não vivi!!!.
Hoje, os tempos são outros, e sinto que reparei que não vivi, e agora que posso fazer?
Tanto me dei, tanto..... para agora questionar, que retorno?
Sinto o cansaço, o desgosto, vivo tempos de desgosto....tudo perdeu sentido, eu só queria viver, ser feliz.
Lutei, luto, e sinto o chão fugir, não sei mais que fazer, tudo vai caindo, e eu nada faço, deixo-me abater.
Fui generoso, dado, colaborante, piedoso, amante, trabalhor, quis construir um "castelo", mas esqueci que os tempos já não são de "castelos", mas sim de uma assoalhada, um Te Zero, sei lá... mas sonhei, e agora o sonho se desfaz, a realidade caiu que nem uma pedra nas minhas costas, já de si curvas pelo peso de uma angustia crescente.
Descobri a paz, algum conforto, um colo amigo, que tanto queria, mas que repetidamente me foge, se me escapa, como querendo perpetuar a minha solidão....mas luto, teimosamente luto.
Tanto dei, tanto..... agora nem retorno....
Sinto a tristeza dos cansados, a solidão dos velhos, a vontade de partir é crescente...., tendência acentuada para a asneira.
Resisto, apesar dos cenários que construo, onde me converto em figura principal, sei que estou errado, mas o apelo, a constância é enorme, crescente..... queria ser feliz, não desisto.
Se tanto me dei, me ofereci, pela minha vida fora, se me abandonei, me deixei conduzir, permiti que tudo acontecesse á minha volta, porque não tenho agora a paz que tanto desejo?
Sou um sonhador, um apaixonado, talvez um utópico, mas que bom é ser assim.....!!!!.
Eu quero ser assim, eu quero viver apaixonado por tudo que me envolve, eu queria sorrir, mesmo sendo humilde, mas sorrir, não pelo que tenho, ou devia ter... mas pelo que sou e quero continuar a ser.
Vivo momentos de pesadelo, de pressão extrema, sinto-me sendo esmagado por uma máquina invisível, mas que realmente funciona...... a critica, o tabu, o perconeito social.
Oh! meu Deus, que me escutas nesta minha "conversa" contigo....não te esqueças de mim, dá-me a Tua mão, dá-me a Tua força, reforça a minha fé.... eu tanto preciso!.
Permite que eu viva, que eu sinta, que eu sorria....,não deixes que eu vegete, que nem um legume.
Não deixes que soçobre, não permitas que me arraste...... se tiver que ser leva-me, eu já tudo fiz por estas bandas!!!.
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1 comentário:
"Sem amor por si mesmo, o amor pelos outros também não é possível.O ódio por si mesmo é exatamente idêntico ao flagrante egoismo e, no final,conduz ao mesmo isolamento cruel e ao mesmo desepero".BRISA.
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